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Lés
05:10
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Caminho a passo para chegar
Lento num passo de caso certo
Mentem meus pés ao querer andar
Começo o caminho a querer parar
Subo a escada para o quintal
Pego na cara pelo passar
Sei quem é que mora cá
Mentiste o tempo todo
Fingiste o tempo todo
Não quero este princípio
De prédio em caso disso
Pedi um pouco de tempo
Para me adaptar
As horas passam depressa
E sinto-me a afogar
Quem é que quer viver o dia a dia
Ser primeiro merdas numa merda que nem eu comia
É engraçado que estejamos a falar
Podia não ter este tempo para pensar
Quem é que quer viver, viver o dia a dia
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2. |
Pós-República
03:12
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É por isso mesmo que devias sair
Porque é tudo diferente a cada mês
Não tenho contento, alento de ar
Falta-me sede, falta-me mar para cantar
Joguei de bandido e perdido é de caras, de caras
Soube que de tarde era sarda de calar
Mexi-me tão pouco que dei de estouro
Corri na certeza de ser primeiro a chegar
Cortei a fita certa
E disse que era bom no mesmo tom que me calei
Já não sei com quem me dei
Tenho entalado este discurso desde que me vieste dizer quem sou
3 palavras soltas são só 3 desgraças
Na quantidade que quero, que tenho e que dou
Não queiras medir sem pressa o tamanho do teu desejo
No fim de contas as asas servem para alguém as cortar
Subir é na escada
Mentir é mais nada
Quero ser outro homem
Conforme escreve aquele homem
Subir é na escada
Mentir é mais nada
Subir é na escada
Mentir é mais nada
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3. |
Bruma
05:20
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Parece que isto só me vai parar amanhã
Eu juro que me vou portar que nem um duro dito duro
E sei que vou ser zero
Eu quero que me faças aqui perto
Nesta falsa recordança
Já soube que acabou a vida é coisa de outra subida
Ao inferno do meu céu
Vens para cá com ar de cão
A cadela ladra junto ao colchão
E a tua vida mudou
Quis tantas vezes que me dissesses quem sou
E esta coisa de desastres
E a morte que se espanta
A cada canto negro
Parece que sobra um quinto de paz
Uma nota de 20 para comer caviar
Telefono-te logo que vou-te contar
Aquilo que fiz
Aquilo que fiz
Contei as horas dos meus dias sem parar
Eu quis acabar
Não queria morrer
Pensei nos outros todos e no que queriam ter
Por serem melhores
Meus fiéis amigos
Já soube que isto não vai passar nunca mais
Palavra de honra que não sei ter a certeza
Eu sei lá em quantos vais
Apanho-te logo pelos cabelos
E levanto-te a cabeça
Que bem que soube comer aquela má ideia
E cuspir na cara da certeza
Já sabes como vão as coisas
E o teu direito a viver por cá
Contei as horas dos meus dias sem parar
Eu quis acabar
Não queria morrer
Pensei nos outros todos e no que queriam ter
Por serem melhores
Meus fiéis amigos
Já sei que isto não vai parar amanhã
Juro que fico aqui que nem um justo
Feito urso
Já sei que valho zero
Menos que zero
Mas puxa-lhe o lustro
À parte que tem eu juro
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4. |
Quinta
04:38
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As tentativas que se somam todas já
As mãos perdidas sem saberem que fazer
Dentes aos bolsos
Sorriso a fingir
Uma rotina que se quer para todos é
O que destina o retorno que poucos têm
Já se quis demais
Já se fez demais
Que faz um grupo que não tem razão de ser
Que compra tudo sem ter razão para ter
A pele quis demais
O cão quis demais
Tudo o que fiz encerra o meu comer
Eu dei-te tudo sossega, não quis mais saber
Quem comeu demais
Quem soube demais
Já levas tudo o que é meu
Das coisas que não posso ter
É um princípio
Que se queira vício
Por ter de comer
Sentes que é isso
O precipício que resolves dar à escolha
É a tua escolha
Quer-se ver se vais conseguir
Se és capaz de te superar
Só te quer o que ter quiser
Mais que é o que ser puder
Causas perdidas são demais para as contar
Roupas e feridas não se escondem por não falar
Do teu estado ausente
Do teu estado crente
Rosas floridas e desastres de susão
As minhas terras feitas guerras de inclusão
Eu quis combater
Saber o que ser
Resta-me tudo o que é teu
Que vou levar até ao lado de lá
É um princípio
Que se queira vício
Por ter de comer
Sentes que é isso
O precipício que resolves dar à escolha
É a tua escolha
Quer-se ver se vais conseguir
Se és capaz de te superar
Só te quer o que ter quiser
Mais que é o que ser puder
Vai-se a ver e tu vais conseguir
Vai-se a ver e tu vais conseguir
Vai-se a ver
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5. |
Seis não é Seis
05:05
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Roubei-te todo o teu ouro
Fiquei com parte do tesouro
Não tenho tempo para dormir
Ganho mais tempo sem me rir
Somo contacto de comenda
Quero que o meu gato me entenda
Sabes lá da minha vida
Todos os dias a mesma corrida
Perdi todo o tempo que tinha
A querer achar que alguém vinha
Esperei que tudo fosse melhor
Quando mudei
Mudei para pior
Há coisas que nunca te mudam
Estalar os dedos é mau hábito
É loucura
É o que eu quis dizer
Pra comer, pra te ver
Perdi todo o tempo que tinha
A querer achar que alguém vinha
Esperei que tudo fosse melhor
Quando mudei
Mudei para pior
O que é demais eu quero ter
Na mesma noite, enquanto der
Que me retira e eu suspiro
Por não ter nada
Não é demais que queira mais
Para me afrontar
Porque é para ti
O que eu vi que não podia ser
Desejo o meu foder
Perdi todo o tempo que tinha
A querer achar que alguém vinha
Esperei que tudo fosse melhor
Quando mudei
Mudei para pior
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6. |
25 do Nove
04:50
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Num retrato altamente fotográfico
Da cara limpa-se a vergonha a desaparecer
Pudor de estranho, fulgor que venho
As cidades não se calam ao anoitecer
À luz do dia é mais que tudo
Relaxa mais se sabe tudo
E pobres ficam os que ficarem
Fodam-se os ricos que me calarem
Eu vou de carro
Venho de jato
Vejo esta luz
No meu contrato
Eu vou de carro
Venho de jato
E quem me fila outro correto
Gasto 100 euros em intelecto
Quisesse a pagar tudo
Quisesse a pagar tudo
Quisesse a pagar tudo
Quisesse a pagar tudo
Eu vou de carro
Venho de jato
Vejo esta luz
No meu contrato
Eu vou de carro
Venho de jato
Vejo esta luz
No meu contrato
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7. |
Pró
04:02
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O carro parte e eu fico outra vez a esperar
Que haja carro para me levar
Não tenho sorte nem casaco
Não te quero chatear
Leio revistas sobre tudo
O que tem noutros livros
À conta certa digo que é o que ouves
Que tu lês o que queres
Ouvir-te dizer
Queria só
Queria só entrar nesta água
Pensar que esta me dá a calma que tenho
Sem concorrer com a pressa de morrer
O dinheiro dá-me o querer de ter pressa
Ao fim da vida quer-se mais por querer
Na nossa cara há mais do que isto para viver
É impossível que me queiras abraçar
Sou um lagarto do mar de saída
A vida a meio acha-se bem pisar
Contar com os outros não se conta contar
A vida não se leva devagar
A vida não se leva devagar
Queria só entrar nesta água
Pensar que esta me dá a calma que tenho
Sem concorrer com a pressa de morrer
O dinheiro dá-me o querer de ter pressa
Queria entrar, entrar nesta água
Pensar que esta me dá a calma que tenho
Queria entrar, entrar nesta água
Pensar que esta me dá a calma que tenho
Queria entrar, entrar nesta água
Pensar que ela me dá a calma que tenho
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8. |
Longo
05:27
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Venha de lá esse dia longo
Vamos andar o dia todo
Sem saber o que fazer
Venha de lá essa agrura
De ser um jovem em idade madura
E crer e querer mudar a procurar
Já quis ser um belo amigo
Um homem digno do seu perigo
Mas percebi que não é coisa que se seja
Amigo não é coisa que se inveje
Venha de lá essa mudança
De ver nos dias uma outra esperança
Venha de lá essa loucura
De querer da vida tudo o que dura
Querer que as mãos se peguem
Que os olhares se ceguem
Que o teu riso se erga
E a vontade ganhe
Todos os dias a mesma merda
Todos os dias a mesma merda
Já quis ser um doutor
Já quis ser um senhor
Estou farto desta cena toda de olhar para trás
De dizer que é tão difícil que assim não dá
Tá tão fodido tão fodido que não sei como vou comer
E escrevo estas frases todas antes de ir correr
Não me misturo sou só um diferente dos outros
Mas estamos todos, quase todos, alguns juntos
Não me misturo sou só um igual aos outros
Mas estamos todos quase todos alguns juntos neste longo caminho
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