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1. |
Rafalhão
03:06
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Rafalhão
À miséria
Um brinde à nossa paz
Eu falo sem saber
Eu quero ter e ter
Há mais pecado cá
Enquanto me confessar
À parte o segredo
Que sou homem com medo
Temer a mais ninguém
Nas saias da minha mãe
Há mais miséria nesta terra aqui
Do que no peito dos que me fazem rir
Pedi um espaço para me afogar
Estou inundado fora a falta de ar
É posse este momento
Em que me sento e tento
Fazer que sou alguém
A querer saber bem
Mas nunca vi quem chegasse cá
E pudesse por na mesa o tudo quanto foi
Não me digas
Faz de conta
É que eu sou
Um péssimo
Confidente
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2. |
DADF#BE
05:20
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Quem me diz
O que é
Que vai parar
Este momento
Já não sei
Quem sou
Vivo do ar
Do mau azar
No que os pais
Querem dar
Pra nós sermos
Mais do que eles são
Do que o mar trouxe
Pele que tiramos
Eis que me acalmou
Estou melhor pois estou
Quem me diz o que sou?
Começo atrás vamos lá atrás
Desmonta a ideia de seres capaz
Quero que tu dês dois passos para trás
até que tu fiques calado e incapaz
Desenho-te um esquema aponto problemas
Vais ver que depois já chamas os bois
Pelos nomes que tens
Todos que tiveste
Ter e querer é parte que se submete
Enquanto procuro o mal que há em mim
Deixo que o mundo se abata e me leve
Enquanto paro e penso que é de ser assim
Levo chamada de atenção
Não se vive assim não
Enquanto o azar ficar
Mirarmos o que foi
Contando culpas ao que dói
Enquanto a história se repetir
Ver nas glórias o haver
Quem é que vai querer saber
Se não foi
Se não é
Se outro teve
Quem é que é
Que não disse
quis dizer
Meu amigo
só por ser
Mais de quê
Para quem
Menos passes do além
Mais que sei ver daqui
Menos verde só para mim
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3. |
Primafilha
04:32
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Preciso braços para aprender a nadar
Peixe miúdo quer-se sempre calado
Bem mexido lá no fundo do caldo
Algum dinheiro para me dar a comer
Agita os braços de te custar andar
Vai lento ao fundo se te custar a morrer
Li noutro dia que se pode morrer de quase tudo
Já nem nas pernas eu aguento o tronco
Deixa-me deitar um pouco
Saí de casa para isto
As mãos na merda e um visto
Mas que bom a cidade ainda corre
Vai-se a ver é tarde demais e alguém morre
Quis-me manter a correr
E dormi
Colher desgraça a pensar
Subir da escada lá para cima
Parecia que era demais
Mas todos querem esta rima
Dizes que gostas demais
Que fazes tudo por mim
Quero ver se apareces
Quando eu chamar por ti
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4. |
Praste
04:37
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Posso dizer que o frio me contou que é assim
Quando gela o mundo fica para mim
Cristalizado numa folha desse chão
Não vês que bem que fica o branco
Previsível neste manto
Brinco demais na ilusão de não saber
Quem é que me quer comer
Por eu querer
Pago avançado à doutrina que me arranca
A desilusão
Peço que mais que pão
Não sabes o que o frio me contou fugiu de mim
Só queria que gelasse a emoção de ser assim
E eu fui correr para lá para me aquecer
Só trouxe um nado morto para me esquecer
Quisera a ilusão de ser alguém na tempestade
Sobrou metade da quimera de ser verdade
É cedo a alvorada
Para adormecer
É tarde para quase tudo que é viver
O ter não dá para nada
E sobre a ilusão
Já soube da vontade de ir
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5. |
Pasta
04:35
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Começar uma conversa ao contrário
Por um certo mal haver do azar
Perto do medo é que treme o teu corpo
Do que cedo será difícil parar
São quase histórias de quase tudo
E quase nada fica por contar
Hesitação do fim do mundo
Falar de sorte enquanto azar
E que dificil que é conter
Cuidar com todos e tudo prestes a acontecer
Já disse mais do queria
À chegada à saída daqui
Eu cá estou fui obrigado
Desisti do dia a dia
Quero outro sol
É sobre mim é sobre ti é sobre todos
É desesperança que o mundo um dia acorde diferente
Todos os dias todas as horas em todo lado
Migalhas aos pobres tolos
E eu do alto da minha indignação
A escrever conversas imaginadas
A ler as histórias mais interessantes da semana passada
É sobre ti é sobre nós esta tristeza que sinto
Na minha terra no meu encalço
Na revolta que giro
E que difícil que é conter
Lidar com todos e tudo
Prestes a acontecer
Já disse mais do queria
À chegada à saída daqui
Eu cá estou fui obrigado
Desisti do dia a dia
Quero outro sol
Isso.
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6. |
AAGF#BE
04:27
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Metade que me tem só por olhar
Não se é demais o querer falar
Segura-me um pouco que saio aqui
Senti que era certo demais para mim
Caí em casa só por ser de trás
Verti-me no comboio de andar para trás
Quis que me pusesse no teu lugar
É mais um esse, não faz pensar
Na morte que se toca a dançar
Fiz-me de recanto num sermão
E pensei que era demais
Continuei errado só por me querer
Contei que fosse tudo por todos
Falei sozinho de quando em vez
A voz que me cortou os rodos
Somei o encostar
Imitei o teu olhar
Fui sempre mau
Cortei por não chegar
Julguei-me sempre
À morte que se toca a dançar
FIz-me de recanto num sermão
E pensei que era demais
Na morte que se toca a dançar
Fiz-me de recanto num sermão
E pensei que era demais
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