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Na Volta

by Davide Lobão

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1.
Hemingway 06:30
É mesmo verdade que acabou o que acabou será que chega a começar quero outro toque de bom tom o simples faz-se para acordar E mergulhar para acabar o que é deixar o sinto muito nunca dar sem por isso ter não quero amar nunca mais É mesmo verdade que acabou há outro peito para encher o fumo verte álcool a mais será que há mais para beber E mergulhar para recomeçar querer o princípio de mais um dia e o Verão há-de acabar que venha o Inverno para me resgatar Não, uma canção de amor não vive aqui mas sim, se quiseres falar de amor não me digas a mim Não, um acordo não é para cumprir deixa que o mar volte para eu sumir
2.
Marcha 03:36
Não sei se me fartei se te disse que não mas na verdade é não não é mais possível solução. Roer a corda à espera que parta a corda não existe não há cadência de desejo senão a luz abençoada das mostras de dó Não sei se te disse o quanto te odeio a ti e ao teu jeito cheio de mal pegado na permanência insistente de um “eu sei” e “não é bem assim” a idade faz-nos isso põe-nos cépticos e estúpidos capazes de achar que a delicadeza é coisa do passado. Não me faças dizer o quanto está mal. Não me faças dizer o quanto estás mal. Não me faças dizer o quanto estou bem. Não sei se é a noite ou não querer dormir se é a manhã que olha para mim a rir se é dinheiro mascarado de noção se é o carro que não é meu ou a puta que te pariu Quem me faz achar que um dia tudo acerta? quem me faz achar que um dia tudo acaba? A mudança não acerta o sentido é descoberta e rumar em direcção à soma melhor é subir mais uns andares de elevador.
3.
Praças 03:42
E os quadros perdidos e achados no quintal fizeste-os dados lançados noutra mesa com um prazer fora do normal mas com as fotos eu esperava achar-me bem melhor não vi fotos não mas neste prova que se desdobra não me vais deixar passar Pára o sono da lembrança que me abarcou e na memória que ficava ela veio sim ela voltou e não se diz que é o que não se quer pintaram duas praças no lugar de uma mulher Depois deitados fumamos cigarros a querer morrer pintamos laços e lassos ficamos a ver-nos sofrer em quantas horas deixaste que te perdessem por não te verem quiseste a força para te manteres e deixares outra vez
4.
Corda 03:21
Vitória disse ela com os trunfos na mão não se via nada só tristeza de desilusão Nunca quis em tempo algum que se desse à perdição mas ela sabe e há-de ver na palma da mão Forjam-se palavras sentidos e emoções ela diz que quer que a abras faz sentido pois teve premonições Mas na verdade amor que quis no seu íntimo dobra-o em mil e se um dia se desfizer estarei com lobos no seu covil E agora que partes me fazem sem o teu amor que partes me fazem Na migração eis que vens és tu e eu na migração eis que vens és tu.
5.
Salmão 04:10
Há retratos nas mentes de quem quiseres ver estranhos factos, coisas impossíveis de acontecer quantos relatos terás mais tu que fazer para eu perceber de onde és tu Salmão Quantas vezes mais quantas vezes vais tu abraçar-me outra vez Há espelhos que acabam por partir estranhos reflexos só me fazem fugir que batôn terás tu que pôr para apagar essa dor
6.
Barco 02:55
Refém quem se baixa e não tem conforto histórias de ninguém e formas para se acabar por dar a alguém que promete a vida toda dinheiro amor e uma foda motivos para a liberdade tu és quem? mulher deitada sem querer morrer por outro ou aqui morrer ficar sem querer maioridade para quê? imposto feito à saudade futuro feio de verdade e brincadeira de razões. Monções o vento corre de cimeira estive acordado a noite inteira e não vejo nada a mudar. Não dá.
7.
03:37
Ás, uma carta mais na mesa jaz aqui toda a certeza capaz somente nesta natureza de te ver certa de ti Rapaz, não foste mais que um pássaro atrás, para quê passar-lhe um traço não me digas, não me olhes pois a certeza de tudo passa é só lavar esta desgraça Mas vá, deixa-me dizer o que sinto vá, é só sentires que não minto A vida passa a correr não vês que é contigo que quero morrer Mas quais os remendos que puseste na esperança de ti que coisas é que fizeste para não me teres aqui o que eu quero não me manda fui rasgado noutras demandas e agora já nem sei porque me queres para ti Mas vá, é melhor dizer o que sinto vá, quantas vezes achas que eu minto? Não há nada mais a fazer não vês que tenho que sair
8.
Morna 03:12
É como se um dia contasse menos são os dias que se perdem a contar pelos dedos Não me pega força a estalar os ossos sei que há outra volta ao cair do pano É o que é, nunca há rua para andar sopro fácil acabar E a trave que segura morna na altura se falas sempre ou não não é fácil veres quem são Lembra-te quem te viu aqui sabes dizer quem se deixa só para ti melhor ficar calado apelar à mesma mão ver o sol há-de ser melhor O que se passa de dia e tanto que vês a casa vazia e o som sem ser Na varanda do quarto há uma cadeira uma mesa dobrável e um cinzeiro é tanto trabalho raso carro, móveis, tapetes e televisão contas que contas acabem e os amigos adiarem Eu aposto que eu ia e largava tudo é melhor o dia dentro de um país mudo mas eu hei-de aprender a falar eu hei-de aprender a entender o que nos faz fugir e não nos deixa dormir
9.
Sobre 05:48
Não é como se eu estivesse cá lembras-te de ontem? Era tempo de mudar e com quem foste? o que é que disseste? pudesse eu partir daqui partir-te os dentes todos a ti somar tudo o que não tive vingar-me da forma mais bruta chamar-te de filho da puta e tudo o que sobrar fica para ti Outras há outros são sorrisos de estação já soube que te quis chamar fico fico a querer o que eu gostar Vou-te explicar tudo assim como se fosses muito burro ninguém se há-de fazer valer um dia corres no outro fazes correr É que a mim não não há nada que eu goste na televisão já foi tempo que tudo deixasse ser canais abertos a ensinar a viver
10.
Putos 05:52
Se é por voltar aqui por ti mais que ficar por mim ruim não sou tão bom que fosse simples crer mais que um intruso, amante de beber se é para continuar dali para aqui não é para me deitar sem ver porquê sem razões para poder amar mais sem nunca ser qualquer dia ser maior ao redor de nós E eu que nunca quis já sou maior Se é por não mais ver se é por não mais ser se é por continuar se é por não amar se é por digerir se é por não gerir se é por não parar se é para mudar Já sou maior.

credits

released June 4, 2015

Tocado por,
Davide Lobão, voz, guitarra, synths e programações;
Gualter Barros, bateria;
Hélder Bernardo, guitarra, synths e programações;
Pedro Alves, baixo;
Pedro Afonso, guitarra;
João Camejo, guitarra, baixo e synths;
Frederico Severo, baixo e synths.

Gravado por Hélder Bernardo e Davide Lobão, n’O Silo.
Misturado e Masterizado por Davide Lobão, n’O Silo.
Passado em fita nos Estúdios Sá da Bandeira, por João Brandão.

Fotografia de capa por Miguel Oliveira.

Todas as músicas e letras por Davide Lobão.
2015

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Davide Lobão Porto, Portugal

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